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Durante o domínio filipino, os inimigos de Espanha (Holanda, Grã-Bretanha, França) ocuparam parte do Império Português, sobretudo a Oriente.
O Brasil veio então tomar o lugar que tinha antes a Índia na economia portuguesa. O açúcar, primeiro, o ouro e os diamantes, depois, eram agora as principais riquezas que chegavam ao reino.
Muitos milhares de colonos portugueses emigraram para o Brasil, na esperança de enriquecer.
Mas as plantações de açúcar e os engenhos exigiam muita mão-de-obra.
Os primeiros colonos tentaram utilizar os índios como mão-de-obra escrava. Mas estes, habituados à liberdade, não se adaptaram ao trabalho: revoltavam-se, adoeciam, fugiam... Foi de África que começaram a vir os escravos necessários à cada vez maior produção de açúcar.
Os primeiros colonos tentaram utilizar os índios como mão-de-obra escrava. Mas estes, habituados à liberdade, não se adaptaram ao trabalho: revoltavam-se, adoeciam, fugiam... Foi de África que começaram a vir os escravos necessários à cada vez maior produção de açúcar.
O principal comércio fazia-se, assim, através do Atlântico: os navios partiam de Portugal e dirigiam-se à costa africana, de onde levavam sobretudo escravos para o Brasil; daqui, traziam açúcar, ouro e diamantes.
Os escravos trabalhavam nas plantações de açúcar, nos engenhos e nas minas.
A MONARQUIA ABSOLUTA NO TEMPO DE D. JOÃO V
Durante o reinado de D. João V chegaram ao reino grandes quantidades de ouro e diamantes, vindos do Brasil. Também o comércio de açúcar, tabaco, vinho e sal dava grandes lucros. Isto tornou D. João V um rei muito poderoso e rico. Passou a governar sem convocar Cortes e concentrou em si todos os poderes: o poder legislativo (fazer as leis), o poder executivo (mandar executá-las) e o poder judicial (julgar quem não cumpre a lei). Governou como rei absoluto. A corte de D. João V tornou-se uma das mais ricas da Europa. Davam-se grandes banquetes, consumia-se café e chocolate, novidades da época, e rapé (tabaco moído). Nos bailes, dançava-se a pavana e o minuete ao som do violino ou do cravo. Jogava-se às cartas, às damas e aos dados. Assistia-se a sessões de poesia, de música e a representações teatrais. Era também muito apreciado o espectáculo das touradas e a ópera. |
A sociedade portuguesa do século XVIII continuava dividida nos três principais grupos sociais que já conheces: nobreza, clero e povo.
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A nobreza
A nobreza continuava a ser um grupo social privilegiado, que vivia dos rendimentos das suas propriedades.
Imitava em tudo o luxo da corte de D. João V: habitação, festas, banquetes, vestuário...
O clero
O clero era também um grupo social rico e poderoso. Com a protecção do rei, aumentou o número de mosteiros, conventos e igrejas.
Para além do culto religioso, dedicava-se ao ensino e à assistência aos necessitados. Presidia ao Tribunal da Inquisição que julgava todos os que não respeitavam a religião católica.
O povo
O povo vivia com muitas dificuldades, sobretudo no campo, devido aos baixos salários e aos muitos impostos. Continuava a alimentar-se sobretudo de pão, peixe e legumes. Eram pequenos comerciantes, artífices, camponeses, criados, aguadeiros, carregadores...
Este grupo social engloba também a alta burguesia que continuava a enriquecer com o comércio.
As grandes construções
O reinado de D. João V foi marcado pela construção de obras monumentais, possíveis devido ao ouro do Brasil.
O estilo da época é o Barroco que se caracteriza pela abundância de decoração e pelo uso de linhas curvas. Igrejas e palácios são decorados com talha dourada, azulejos e mármore.
Desenvolveu-se a ourivesaria, a cerâmica, a pintura, a azulejaria, o mobiliário, ...
LISBOA POMBALINA
D. José I sucede a D. João V em 1750 e nomeia primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, mais tarde Marquês de Pombal.
O reino encontrava-se numa grave crise económica: o ouro vindo do Brasil era cada vez menos, a agricultura produzia pouco e as indústrias eram poucas.
Comprava-se quase tudo ao estrangeiro.
Em 1755 (dia 1 de Novembro), Lisboa sofre um grande terramoto. A cidade ficou destruída e foi o Marquês de Pombal que tomou medidas para "cuidar dos vivos e enterrar os mortos ". Morreram mais de 20 000 pessoas e ficaram em ruínas cerca de 10 000 edifícios.
O próprio Marquês de Pombal acompanhou a reconstrução de Lisboa. Decidiu arrasar a "Baixa" e aí construir uma zona nova - a Lisboa pombalina - com características próprias:
ruas largas e perpendiculares, com passeios largos e calcetados;
edifícios harmoniosos, todos da mesma altura, com varandas de ferro forjado, e construídas com um sistema anti-sismos;
uma grande praça - a Praça do Comércio - construída no local do antigo Terreiro do Paço, onde iam dar as ruas "nobres" da cidade.
AS REFORMAS POMBALINAS
A grande capacidade para resolver problemas e a eficácia demonstrada após o terramoto pelo Marquês de Pombal, levaram-no a conquistar a confiança total do rei. D. José entrega-lhe o controlo do governo.
O Marquês de Pombal inicia então um conjunto de reformas destinadas a desenvolver o País e a afirmar o poder absoluto do rei.
Reformas económicas
instalou novas indústrias no país;
criou companhias monopolistas, controladas pelo estado (na área da agricultura, pescas e comércio), impedindo os grandes lucros que os estrangeiros vinham tendo em Portugal; exemplo: Companhia dos Vinhos do Alto Douro.
proibiu a exportação de ouro.
Reformas sociais
perseguiu a nobreza e o clero (sobretudo os Jesuítas, que expulsou do País), retirando-lhes bens e cargos, chegando a prender e executar alguns deles, para reforçar o poder do rei;
protegeu os comerciantes e os burgueses, e declarou o comércio como profissão nobre (1770);
proibiu a escravatura no Reino (1771), continuando a existir nas colónias.
Reformas no ensino
criou escolas "menores" (equivalentes ao 1º ciclo), por todo o país e reformou a Universidade de Coimbra;
foi dada maior importância à observação e experimentação;
fundou o Real Colégio dos Nobres.
Depois da morte de D. José I (1777), sua filha, a rainha D. Maria I, demitiu o Marquês de Pombal de todos os cargos que ocupava no Governo.
Execução dos Távoras
Expulsão dos Jesuítas
O Império Colonial Português no século XVIII e a Lisboa Pombalina |
O IMPÉRIO PORTUGUÊS NO SÉCULO XVIII |
Durante o domínio filipino, os inimigos de Espanha (Holanda, Grã-Bretanha, França) ocuparam parte do Império Português, sobretudo a Oriente.
O Brasil veio então tomar o lugar que tinha antes a Índia na economia portuguesa. O açúcar, primeiro, o ouro e os diamantes, depois, eram agora as principais riquezas que chegavam ao reino.